segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sob a luz da lua cheia...



Sob a luz da lua cheia,
sinto-te o desejo
sob a forma do teu olhar incendiado
pela imagem o meu corpo
reflectido nessas águas serenas,
as tuas mãos lavam-me a alma...
sinto-me leve,
quente...
Suavemente
desenho o teu rosto

com os dedos molhados,
salgados...
Nesta troca de sabores e sentidos
os corpos unidos
dançam de forma eloquente,
somos loucos...

A brisa beija-me os cabelos soltos
o prazer reina neste momento
onde o tempo pára,
deixa de existir...
O prazer
sente-se,
ouve-se,
na respiração ofegante
na batida acelerada do coração...
Entorpecidos pela adrenalina já consumida
recolho-me no teu leito
onde me deito
e te beijo
suavemente...





segunda-feira, 24 de maio de 2010

Gerberas...



E quando passas por mim
o teu aroma desperta-me os sentidos
Porque os olhos brilham e o coração acelera
Nessa batida que me faz viver e sentir viva
Alguém se apercebe sem eu me aperceber
Em cada inspiração do teu ser
Nos meus pulmões florescem gerberas
Livres, selvagens e belas
De cores quentes e suaves
que reportam à memoria já quase extinta
o tocar das tuas mãos…


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Chuva...


"As coisas vulgares que há na vida,
Não deixam saudades,
Só as lembranças que doem,
ou fazem sorrir.
Há gente que fica na história,
da história da gente
e outras de quem nem o nome,
lembramos ouvir.
São emoções que dão vida,
à saudade que trago.
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder...
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer...
A chuva molhava-me o rosto.
Gelado e cansado.
As ruas que a cidade tinha,
já eu percorrera.
Ai... meu choro de moça perdida,
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
há instantes morrera...
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade.
E eis que ela bate no vidro...
Trazendo a saudade..."
Mariza

terça-feira, 18 de maio de 2010

Alguém disse...


"O momento mais forte do amor,
é quando sabemos que ele precisa morrer,
mas não temos força para matá-lo."
Li...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Os nós que fazemos...




"Vim gastando meus sapatos

Me livrando de alguns pesos

Perdoando meus enganos

Desfazendo minhas malas

Talvez assim, chegar mais perto



Vim, achei que eu me acompanhava

E ficava confiante

Outra hora era o nada

A vida presa num barbante

E eu quem dava o nó



Eu lembrava de nós dois

Mas já cansava de esperar

E tão só eu me sentia

E segui a procurar

Esse algo, alguma coisa

Alguém, que fosse me acompanhar



Se há alguém no ar

Responda se eu chamar

Alguém gritou meu nome

Ou eu quis escutar



Vem, eu sei que tá tão perto

E por que não me responde

Se também tuas esperas

Te levaram pra bem longe

É longe esse lugar

Vem, nunca é tarde ou distante

Pra te contar os meus segredos

A vida solta num instante

Tenho coragem tenho medo sim

Que se danem os nós"


Ana Carolina


 
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