Não, já não acredito e juro que não fechei a porta. Deixei-a aberta como sempre, mas alguma espécie de corrente de ar fez o favor (grande favor) de a fechar. O som foi duro e seco e assim permanece...
As muralhas vão ganhando forma e consolidam-se à medida que os acontecimentos se sucedem (ou a inexistência deles).
Descobri que acreditar ou não, não depende de nós mas sim dos outros! Não sou eu que não acredito, são os outros que me dão sinais que não acreditam, assim sendo como posso depositar credibilidade se nem eles confiam!?
O mundo está mesmo às avessas e isto deixa as pessoas demasiado confusas... Tento identificar qual o ponto de viragem para toda esta confusão sentimental que se instalou na nossa geração, não sei se foi a partir do momento que saímos da universidade e abraçamos o emprego a tempo inteiro, ou se foi quando nos apercebemos que estamos cada vez mais longe dos 20 e próximos dos 30 e ainda não nos sentimos preparados para os supostos passos a dar...
Apenas sei que o contacto com tantas histórias semelhantes me fez concluir que é realmente um estado contagioso... numa análise mais romancista diria que se deve ao facto de cada vez mais a cabeça tomar domínio sobre os sentimentos e ao contrario do que seria suposto, não está a tomar lá grandes decisões!!!
Confesso que o desafio é cada vez maior, para ambas as partes. Não, não confio como outrora confiei, cada vez mais as palavras estão desacreditadas e cada vez mais os actos me são confusos.
Talvez o amanha me traga outra forma de pensar por enquanto é esta que vale!...