Quando o manto do silêncio
Cobre a noite que te ofereço para me dares
E as sombras do pecado
A rastejarem
Me envolvem e pedem
E forçam meus sentidos
No instinto de te querer
Sinto uma força estranha, física, corpórea
Que se desvanece na súplica persistente de um perdão
Os rios
Freiam o seu caudal impetuoso
Os montes
Estáticos, majestosos e altivos
Descem aos vales submissos e humildes
O vento
Não fustiga mais as árvores desgrenhadas e exaustas
E na visão persistente da pureza
Em que te vejo e sinto
Ajoelham nas fontes para matar a sede do pecado
As virgens ofegantes de desejo...
Li...